sábado, 31 de julho de 2010

Intenção


Eu queria escrever uma canção pra nós,
Porém o tempo não nos deixou a sós.
Pra que o papel não fique em branco eu invento
As coisas que nesse entremeio vieram a ser meu tormento.

Algumas delas eu sonhei,
Outras acordada imaginei,
Tornei real várias das que planejamos.
Compus o ideal tão desejado que não realizamos.

Em algum lugar esse amor existiu
Houve o ponto em que ele nos traiu:
"A melodia seria mais bonita com separação".
Mas as palavras ficaram pesadas demais pra canção.

Mudei de roupa e de ritmo,
A nota ainda tem um tom cínico
Nessa busca peregrina por felicidade,
Embora verdadeira sabe que falta uma metade.

A angústia que sinto não é passível de me derrubar
Tem algo grande dentro de mim que insiste em lutar.
Apenas pela vida,
É o que estanca essa minha sangria.

Por essa canção peço que meu amor se afaste.
Parece pouco que isso baste,
Enquanto acredito estar vencendo
Dia a dia diminui meu lamento.

Componho outras coisas e, claro, sempre lembro
Às vezes dou vazão noutras ignoro o que não tenho.
Não digo que assim dê pra ser feliz
mas fico bem perto, por um triz.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Deixa-me


Deixa-me balançar nos braços da vida,
Entoar a canção mil vezes repetida,
Sentir no rosto o vento da ressurreição:
Renascimento espontâneo de um coração.

Deixa a brisa alimentar o fogo
E a tempestade forte cair de novo,
O calor e o frio arando meu corpo:
Plantação de sentimentos crescendo aos poucos.

Deixa-me desfazer no tempo
Desaparecerei apenas por um momento
Até que seus olhos se acostumem ao milagre
De ver partes de mim em todos os lugares.

Pontuação


Apesar do desastre estou sorrindo
Sei lá porque, mas feliz estou me sentindo.
Pela força natural da vida, talvez.
Por saber que me resta um pingo de sensatez.

De repente cai na real
Há muito se foi o ponto final
Rasurar com reticências não adianta
Não faça interrogação que isso me cansa.

Exclame o quanto quiser
Abandone o garfo e use a colher
Amor se goza de boca cheia!
Injetaram-me dois pontos na veia

Uma lista enorme das coisas que posso.
Ponto e vírgula entre as coisas que gosto.
Travessão porque vou falar
-Em vez de ficar triste prefiro cantar.

Lá, lá, ri, lá, rá!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Renovação de contrato


O destino não cumpriu nosso tratado
Era pra nunca mais termos nos encontrado
Não quero vacilar quanto ao destino conquistado
Então não coloque dúvidas ao que deve ser amado.

Que alguém me ouça e não deixe isso acontecer
Porque se eu o tiver por perto vou enlouquecer,
O único a quem eu quis inteira pertencer,
O primeiro que sem querer me fez me sofrer.

Será que estão me ouvindo aí em cima?
Mesmo que eu peça não o coloque na minha linha.
Deixa eu matar esse sentimento idiota a cada rima,
Ou admira o fato dessa doença que me termina?

Deus, eu sei que não estou assim tão raivosa.
É que mesmo não sendo nada ainda fico nervosa!
Sabes que odeio essa sensação embaraçosa
E acabo tecendo de novo a mesma prosa.

Me faz Você agora uma promessa
Não me deixe vê-lo nem depressa.
Poxa, já lhe fiz esse pedido abessa,
O que não tiver fim, por favor, nem começa!

Um encontro de repente


Passei pelo caminho sem pensar ou desejar você
Foi o maior tempo que consegui te esquecer.
E como não poderia ser diferente
Você se materializou na minha frente.

Tão rápido eu te vi
Que nem sei o que senti
Nosso olhar foi tão intenso e direto
Que instantaneamente lembrei que te quero.

Nem deu tempo de dizer oi
Só se perguntar "por que não nos foi?"
A beleza da qual lembravámos se tornou descomunal
E questiono como abala fácil meu habitual?!

Tem tantas coisas desse pequeno relance
Suficientes pra que meu sistema nervoso avance
Mas o que mais me tira do sério
É não saber qual seria nosso mistério.

Eu conheço sua cara e sei o que pensou
"Por que foi que a coragem me faltou?"
E é tarde pra obter uma resposta
Porque você já foi, levando alguém embora.

E eu estou aqui sem saber direito o que sinto
Se choro enquanto sorrio acho que minto
Por outro lado nenhuma lágrima cai do meu rosto.
É tanto tempo que acho que nem sei mais o gosto!

terça-feira, 27 de julho de 2010

A velha canção


Agora estou ouvindo aquela música com que eu te chamava
Gritava várias vezes o refrão "Don't leave me", não me escutava!
Senti pena de mim neste momento deveras nostálgico
Eu acreditava que repetir espantaria o fim trágico.

Não só tinha fé como colocava tudo de mim nesta missão
Impediria que você negasse novamente a própria emoção.
Escuto essas batidas e é inevitável não recordar
Minhas mãos estendidas pedindo pra você não me deixar.

Dá pra dançar enquanto ela não acaba
Mas com passos inconsistentes que não dizem nada.
Aquela crença foi a mais perfeita e sincera
O triste foi a eterna, nunca acontecida, espera.

Você me esperançou!


Pensava eu não me ser mais possível
Reviver este sentimento incrível.
Mas, sei lá, sinto agora uma esperançazinha
Que me faz acreditar que não serei sempre sozinha.

É até meio ingênuo o modo como surgiu,
A vida propõe seu despropósitos tão servil.
Chateada com o coração despedaçado
Um desconhecido tão perto sentou-se ao meu lado.

Não falamos de mágoa, muito menos de amor
Tratou-se apenas de um papo amador
Isso me chamou a atenção,
Do casual passou a ser admiração.

Nem digo que seja mais do que parece.
Até de sofrer meu coração esquece.
Talvez seja esse seu papel e nada mais
Mas se for mais, não vou dizer que tanto faz.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Espero mais um pouco


Tenha calma, não se anime tão depressa
O tempo vira e de repente me confessa:
Algo novo e diferente está surgindo.
Tenho certeza quando vejo você sorrindo.

Te esperei hoje inconscientemente
Sua companhia me faz bem e já se sente
Há uma pontinha de amor brotando
Não sei de que tipo, mas está se doando.

Nada de carroça adiante dos bois
Peço à paciência que vigore nós dois.
Quero um jeito de ter certeza absoluta,
Unir sabedoria à minha conduta.

Ainda não vou te procurar
Deixe o acaso nos encontrar
Só digo finalmente aceito, e luto
Quando Deus abençoar isso tudo!

domingo, 25 de julho de 2010

A cura da minha maldade


Estou cheia de más intenções boas
Esse meu olhar maroto não é à toa
Ainda não sei quem vou escolher
Mas provavelmente será você.

Nada de fantasmas rondando meu pensamento
Já que enxugou meus olhos serei seu pagamento
Cobre caro e me deixe pagar
Me tome e me ensine a te amar.

Me transforme com cuidado num anjo
A próxima canção é por você que canto.
Acalme vagarosamente minha volupituosidade
Cubra com seu amor minha maldade.

Baile autonomo


Deixa-me dançar, quero ser sexy pra alguém.
Que seja só pra mim se não agradar ninguém.
Quero entregar meu corpo à percursão.
Marcar o salto de meus sapatos no chão.

Por enquanto é só a música e eu,
Mas sinta-se convidado à arte, Romeu.
Duvido que na sacada ao me espreitar
Não se contagie com meu rebolar:

Gire meu corpo pelo meu cabelo desgrenhado
Pegue minha cintura e se proste ao meu lado
Vou lhe encarar até sugar sua alma
Tomar a sua frente sem nenhuma calma.

Sigo apenas o ritmo da canção
Se não acompanha fique com a admiração.
Coloque um holote sobre meus passos
Não faltará sensualidade em nenhum espaço.

Mais uma de Amor


Porque seria menos digno esse amor?
Toda expressão do gênero merece louvor.
Não pode ser condenado o dom divino de amar.
Se é vivido sublimamente por que há de condenar?

Mais que físico, antes de tudo, é espiritual
Se no céu não existe sexo não se perdeu moral,
Soltem as pedras no chão como com Maria Madalena
Não me preguem seu natural esperando que eu entenda.

As pessoas são diferentes por um motivo
Há formas distintas de converter o destino
Daqueles que sofrem por falta de amor
Por não haver quem lhes tome a sua dor.

Deus não castiga aquele que segue o caminho da verdade
Ame inclusive seu espelho como à divindade
Pegue a essência do que a Palavra transmite,
Muito do que lê é humano e depõe o divino em riste!

sábado, 24 de julho de 2010

De rabo àcabo, a dor


É chegada a hora de mudar de tema
Que seja esperança e luta meu dilema.
Vou cair no meio do caminho e quase desistir.
Quando tudo estiver difícil tornarei a insistir.

Costumo dizer que desistir eu não sei
Entendo que ao me reter me calei
Mas a vida ainda é minha e ninguém me tira
Nem mesmo eu, nem minha insistente mentira.

Ninguém morre de simples amor
Invocar a morte tem um distinto sabor
A dor é uma hipérbole por isso não vinga
Em todo caso é pra ser sentida até a restinga.

Não irei embora sem ter o que é meu
O destino a mim pertence, não quero o seu.
Como um ateu posso encarar a dor
Mas se ainda vivo é por meu próprio amor.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Retifico


Leram-me e julgaram-me por demais infeliz,
Mas meus versos compõe o que está por um triz.
Parecem até a única essência que emano,
Porém é o ínfimo de mim se transformando
Em algo tão grande de tão pequeno
Trazendo ao meu rosto um tom mais sereno.

A natureza destrói o desnecessário brotando.
Eu acalmo meu coração em preces versando.
Assim o feio se torna bonito e o velho fica novo
Admiro a estética da tristeza escrevendo um pouco
Da suas razões distorcidas, do seu louco desespero
Por fim da esperança e da distinção do medo.

Talvez tais palavras não justifiquem o que vanglorio
Externo o agora seja qual for meu senhorio
Cinco, quinze minutos de sentimentos intensos
Que me domam ao ponto que te convenço
Expondo com virtude em resoluções exageradas
O que morre em mim sem que eu esteja preparada.

Silvana Marmo e à quem tenha se preocupado.

Iluda-se no meu suicídio


Não sinta pena, pois eu mesma me passo a navalha.
Minha tristeza não faz de você um canalha.
Fique aí falando sozinho sobre nada,
Deixe-me pensar ser mal amada.

Invente que sou mais feliz sem você
Que se for não é por ti que vou morrer
Não estenda a mão para me ajudar
O melhor que faz é realmente ignorar.

Sou autora do meu sofrimento,
Não te preciso nesse momento.
Pulo no abismo como se fosse o mar
E crio a esperança de rever meu sol brilhar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Porque me toma?


Há um brilho novo no meu olhar
Que faz com que eu esqueça de chorar,
Aconchega minha história triste.
Fazendo-a desfalecer, me insiste.

Não esperava algo tão puro agora
Ainda que despretencioso, me devora,
Não, não posso perder a razão disso:
Sou inconsequente demais, já te aviso.

Por favor não me prenda à sua simpatia
Não me componha nenhuma sinfonia
Já que não te ouço completamente,
Mas confesso que minha alma se desprende.

Adote alguém que lhe mereça mais
Pois sempre que ir, voltarei jaz
Ao túmulo que me enterra viva
De um fracasso de amor sem medida.

Nem sei quando lhe poderei ser fiel
Te adoro e não posso dar-lhe este papel.
Por falta de coragem não pedirei que me deixe,
Mas, por favor, lhe rogo que não me beije.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Se não fosse


Correria pros seus braços e diria que te amo
Se tal dês complacência estivesse nos meus planos.
Não cederia apenas por mim mesmo,
Me nego um prazer pra ver se cresço.

Se tivesses um pingo de sensatez
Saberia que agora é sua vez.
Não é jogo de criança que gosta de birra,
Pois se faço tudo não me valoriza.

Em algum momento preciso sentir o que quer,
Se também me quer.
Por isso voltaria, pra descobrir seus motivos
Pra não corresponder ao amor comigo.

Me queres sem se dar?
Quando e onde posso me saciar?
Assim nunca, então vou andando,
Refazendo meu caminho, ainda te amando.

terça-feira, 20 de julho de 2010

A vida sem você


Pela primeira vez olho pra vida sem você,
E vejo que ela tem muito mais a me oferecer.
Não nego que é muito estranho sua ausência,
Que existia há muito, mas só agora tomo consciência.

Peço-te que não volte, nem olhe pra trás.
Demorou e quero continuar a me sentir capaz.
Lá no fundo ainda te amo mais que a vida,
Porém é pela vida que autentico a despedida.

Me conserve no seu passado com boas lembranças.
Abro os braços prum novo mundo e suas esperanças.
Se é assim que tem que ser não vou mais remediar,
Pois pelo impossível não se pode pra esperar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tão perto e tão longe


Bem ali, na minha frente.
E sei que não falará comigo.
Arriscaria algo inconsequente,
Mas me ignoraria como castigo.

O nervosismo é o mesmo, se pode
Ou ainda maior, pois nada posso.
Meu corpo parece que explode
Queria que não, mas ainda gosto.

Talvez esteja tendo os mesmos pensamentos
E como eu resistirá o próprio tormento
Nos fizemos vários juramentos
Apenas o da distância damos cumprimento.

Chamando a atenção!


Aonde eu for todos vão me ver
Sou o centro das atenções.
E se meu jeito te constranger
Não se preocupe com suas emoções.

Um pouco de amor próprio não mata ninguém,
Transbordo sem intenção de ofender alguém.
Te convido a apreciar minha imagem no espelho
Dispenso as saudações dadas de joelho.

Encare meus olhos sem medo do que verá
Sabes que quando te encontrarem não o limitará.
Não tente entender o que digo,
Pois nas ações fatalmente repito.

E pra quem me aponta com ar de reprovação
Recrimine à vontade ainda sou sua inspiração.
Odei-me e só me amará ainda mais
A inveja apenas conspira não te faz.

Não me admire por muito tempo,
Pois a constância da beleza evapora.
Originalize esse meu momento,
E quando quiser me leve embora.

sábado, 17 de julho de 2010

Aquele que me fortalece


Deus sabe bem como me reconfortar
Manda as melhores pessoas pra me consolar.
Um elogio sem propósito, um sorriso sincero
E ficar isolada já não quero.

Surge um brilho diferente no meu olhar
A ponto de poder até compartilhar.
Não prefigura a mesma intensidade de antes
Mas começam pequenas as coisas grandes.

Vou acreditar nesse plano divino.
Colocar mais sabedoria no meu instinto.
Que os céus pronunciem amém
Quando digo que agora me sinto alguém.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um precipitar no meu coração


Se eu te chorar todo dia um pouco resolve?
Gota a gota minha frustração se dissolve?
Temo pelo meu devaneio que se desenvolve,
O tempo que perdi sonhando nem você devolve.

Você precisa passar e eu não te deixo
Mesmo tendo vencido o prazo do meu desejo.
Sei os motivos e finjo que não vejo
Pois teria que parar de sonhar com seu beijo.

Não vire as costas sem dizer o que eu faço com isso
Eu não pedi nada, mas você insistiu nesse compromisso
Viajamos na maionese sem passaporte ou visto
Mas a culpa é mais minha porque já previa esse suplício.

Vai ser feliz enquanto eu faço minha lista
Escolhendo o quero de forma bem egoísta
Pouco de mim, muito de ti insta
Em alguém prestes a dançar na minha pista.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tempo de chuva


Definitivamente não gosto desse clima ruim
A chuva borra meu rosto e separa você de mim
Queria que Deus afastasse a escuridão dos dias que te esperei
A reapresentação dos trovões lembram o amor que desperdicei.

Cortei o cabelo, me pintei e pus roupa nova
Acreditei na sua promessa sem garantir uma prova.
Não houve justificava convincente, apenas um lamento.
Não importa a tempestade, mas se há coragem no seu intento.

Olho e não sei dizer porque confiei em você
Até mesmo tu tinhas dificuldades pra se convencer.
Quem de nós acreditou ser menos que o outro?
Quando se doa a quem ama tudo parece pouco.

Vou ligar o rádio no último volume,
Cantar e dançar como de costume
Pra não trazer de lá de fora a precipitação
Esqueço você enquanto brinco com sua ilusão.

Um destino pra meus versos


Escrevo tudo isso porque acho que tenho esperança
De que um dia você encontre essas páginas
As leia e entenda minha pequena criança
Que chora mergulhada em sua loucura tão ávida
Por algo predestinado chamado paixão
Que quando explode fica sem controle, mas ainda com razão.

Saberá que a intimidade que desejo é mais que corporal
Minha sede de você transcende ao espiritual
Não ligo se nos classificam como desavergonhados
Já que fico aqui quero ser seu bom passado
E quando ler essas milhares de linhas
Parecerá tão óbvio que o Amor não escolhe, advinha.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Num filme


Assisti à um drama que falava de nós.
Eu te queria de uma vez, você calava minha voz.
Me mandava embora e à noite velava meu sono.
Sempre perto do meu perigo, te esqueceria como?

Se quer me proteger dê-me a eternidade.
Toda vez que me disse não, me afogava na sua maldade.
Que não era proposital, nem chegava a ser ilegal
Porém negar seu próprio deus não é natural.

Novas pessoas especiais não nos torna menos verdadeiro,
Mesmo sem olhar pra trás ainda te quero por inteiro.
Já pensei, mas nunca quis de verdade voltar no tempo
Desejo revê-lo no futuro, nem que por um breve momento.

domingo, 11 de julho de 2010

Das palavras à voz (2ª parte)


Porque me fez dizer todas aquelas palavras
Olhasse no meus olhos, isso já bastava.
Arrancou da minha boca dizeres que eu desconhecia
As frases eram confusas, mas retratavam o que eu sentia.

Eu não sabia direito quais palavras usar
Então usava todas sem nem ao menos pensar
Não me pergunte o que sinto
Posso me enrolar, mas nunca minto.

Pra que quereria saber
Algo que não pretendia viver?
Acho que não tinha idéia da profundidade de amar
Sua coragem era pouca pro que tínhamos que enfrentar.

Não danço mais sua música displicente
Fico triste, pois ainda assim meu coração entende.
E por isso não te ressente
E te mantem como algo permanente.

Ilusão consciente


Foi-se o tempo em que o Amor me fortalecia
A sua ausência me corrói como quando não o conhecia
A dor era costume enquanto eu não sabia
Que poderia te querer e ao te perder seria...

Pior do que dar a fim a própria vida
Porque a essência da alma se vai e o corpo fica
Coração batendo, pulmões respirando à aberta ferida
Tento levantar mesmo com a fortaleza diluída.

Arrisco o que resta da minha sanidade mental
São vivos esses momentos em que provoco o sobrenatural
Ter ver e te tocar onde não está pode ser normal
Mas a certeza de nunca mais lhe ter tem diagnóstico fatal.

Sedução impetuosa


Vai me encarar assim, sem piscar pra mim
Garoto não me seca, vem se está afim.
Eu sei que gostou, você até babou
Admita quer me possuir do jeito que estou

Ousada, despretenciosa.
Sei que sou gostosa!
Sem modo algum,
Causando um efeito incomum

Quem acaba de chegar é a mulher furacão!
Fecha a boca, limpe a baba, preste bem atenção.
Embriague-se com meu amor
Pra tirar a minha roupa não me peça por favor.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Recondicionando a visão


Meus olhos não vou mais fechar
Da última vez levou 2 anos um piscar
Chega de me surpreender com o tempo que passou
Hoje é o novo dia, de mudar o que eu sou.

Naquilo que fui passiva
Cuidado, pois serei agressiva!
E vice-versa
Corro, mas sem pressa.

De agora em diante olhos abertos
Assim talvez meus passos saiam certos.
Quem sabe eu possa novas catástrofes prever
Antecipando a defesa pro que venha acontecer

Evitando desgraças como as que herdei,
Ignorando as fantasias que já desejei.
Não gasto minha beleza com horrores da vida,
Preparo a dor pra estar sempre de partida.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Não digo que te amo, vivo!


E eu ainda precisava dizer?
Como se todo tempo não tivesse vivido isso!
Eram necessárias palavras pra te convencer?
A ação é o mais importante pra qualquer compromisso.

Você sabe que vacilou
E não enumerarei quais pontos
Ao menos dê-se conta de que nada se apagou
Cruzamos os braços como dois tontos.

Que sabem o querem
Mas tem medo de agarrar
Pois não desconfiam quanto medem
A própria vontade de desejar!

Mesmo assim não direi que te amo
À troco de um muito obrigado e nada mais
Sei que não me engano,
Pois, você é menos do que eu capaz

De dizer eu te amo e fazer vivê-lo.
Eu fiz de tudo e você me diz que faltou dizer?!
E se eu dissesse ainda, agora, teria que esquecê-lo,
As palavras estavam lá, nunca as deixei de viver.

Saindo pra espairecer


Já fazia muito tempo
que eu não me esvaziava de você.
Já fazia tanto tempo
que já nem lembrava o que era viver.

Olho pro céu tentando esparaicer...
Saio na rua pro acaso me perder...
Respiro porque não te acho.
Ando por meu próprio espaço.

E como diria um velho refrão
Que subescrevo na minha emoção
Se chorei ou se sorri
O importante é que emoções eu vivi.

Faz muito pouco tempo
que me convenci a não depender de você.
Faz ainda menos tempo
que aprendi a me viver.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Confissão espontânea


Hoje estou num daqueles dias
Em que se eu pudesse tudo dirias
À respeito de ti, de mim, de nós
Nada impede minha voz

À quem quero dizer, onde está?
Se ouvir, o que fará?
Nada ou algo extraordinário?
Do tipo alguma coisa ou fora de cenário?

É um tempo raro onde me faço entender
Volte-se para o que tenho a dizer,
Pois desde que fez-se a mim pertencer
Trata-se de mim e você.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Das palavras à voz


Sou romântica na palavra escrita.
Luxuriosa na palavra dita.
Tento desesperadamente me fazer entender,
Mas te enlouqueço antes de conseguir dizer.

Não me cobre por frases apaixonadas.
Meu cinema é mudo, sem falas decoradas.
Minha oratória não transcende à expressão
Que se retem ao alcance apenas da visão.

Até eu me interpreto mal
És o único a compreender o meu sinal
Ainda que em partes,
O suficiente para que, mesmo no escuro, me aches.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Uma coincidência, só hoje!


Hoje o por acaso poderia agir a meu favor
De assim, sem querer, encontrar o meu amor
Pra que eu pudesse felicitá-lo ocasionalmente
Por seu aniversário que lembro, hoje, tão remotamente.

De modo superficial pensei num presente
Leviana minha intenção de lhe deixar contente
Porém, faria isso e muito mais
Pela distância creio não ser capaz.

Então, mesmo de longe rezo por você,
Todas as noites, sem jamais esquecer
O quanto és especial e único em sua essência
E que parte minha esteja tatuada em sua efervescência.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...