terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Alimentando o desejo


Com a libido encarcerada,
A consciência magoada
Supreendem-me distraída.
À meus desejos sou atraída!

Por que não fiquei,
E como em outras tantas, me insinuei?
Premeditei talvez trazer essa fome,
Já que na vontade sempre está seu nome.
 
Projeto-te em minha própria sombra!
Deito-me sobre a alfombra
Encerando os desejos...
Esperando por seus beijos...

Enceno contos ainda não consumados.
Encarno o poder e o prazer derramados.
E meu corpo arde sem querer aguardar
Preparando-se pra, finalmente, contigo estar!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ao anoitecer...


Observando o céu escurecer e acenderem-se as luzes da cidade,
Sentindo a brisa da noite sobre minha sobriedade,
Refleti acerca do percurso que me trouxe até este telhado.
Tudo faz sentido agora que vivo a vida ao seu lado!
Constatação de modo um tanto piegas de minha parte,
Inteiramente romantizada fui à contraparte.

Magoaram minhas deficências.
Amei a dor e não me deram advertências!
Descobri que se você sofre ainda não se trata do que pediu.
Deus, enviou seus anjos e pedaço por pedaço me reconstruiu.
Levantei, me tornei forte em mim mesmo e isso parece que o atraiu
Até que não pudi mais estender a mão para tristeza me alcançar,
As portas do meu coração estavam escancadas para que você pudesse entrar

Antes do primeiro minuto eu já parecia saber
Em todos os seus atos o vi corresponder
Não demorei muito a confessar amor, pois o mesmo o era
E tão intensamente, que a qualquer estação antecipava a primavera
Me alegra ver passar os dias e ver este sentimento florescer cada vez mais
O modo como nos seduzimos e cuidamos um do outro são os fatores principais.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Pertubado desejo


De manhã acordo divagando nas notas que teu corpo deixou em mim
Afasto repentinamente as cobertas como se afastasse algo ruim
Mas minha pele ainda delira, meu peito arfa como se seus beijos me desse
Fugi o dia todo do desejo inscrutado esperando que se contivesse

Concentrada em outras coisas, outras importâncias
Impus ao corpo e a mente sensações mais distintas, inconstâncias
Me coloquei exausta na cama exortando inconsciente prazeres de outrora
Perdida em sonhos desconexos, devaneantes até agora

A noite caiu devagar sob meus olhos que pareciam nada ver
Presos numa alucinação muito distante da realidade que poderiam ter
Quando estou prestes ao meu devaneio me entregar
O telefone toca e imediante tomo consciência do mundo que há a nos separar

Já vi desejos lascivos serem loucos e pertubadores, mas nunca tristes
Nas últimas noites não tenho me deitado com saudade como viste
Mas com esse sentimento de culpa, de falta, de ter que entender
Que ainda não é hora, que é preciso esparar, que nada ou pouco pode-se fazer

A esperança me cobre no fim da noite e me aconchego somente ao lado bom de tudo isso
Não menos lascivos são meus sonhos, porém ponderamente mais submissos
À vontade permancem até o amanhecer em que acordarei novamente sozinha
Amarrada a pensamentos que sonhando eu não tinha

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Estado de desejo


O que tenho a dizer talvez seja impublicável.
O ainda não pensado já se tornou censurável
Pela própria mente
Em atividade indecente!

Pareço estar pertubada por uma paranóia sexual:
Sentidos aguçados muito além do normal;
Quase tudo me excita.
A sensação procura fazer com que se repita.

Porém, meu eu se sente tão só a ponto de não saber pedir ajuda.
Por isso, a mente tenta se convencer... ficar muda.
Mas o ambiente penetra em mim
E eu não sou tão forte assim.

Quero ser a dama de branco, de vermelho, de preto... aquela te seduz!
Na cama, no chuveiro, na rua o desejo em si mesmo se traduz!
Desejo ser ainda mais literal
Num tom que exceda o coloquial.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Conectados


Sem argumentos para me apoiar
Há sempre um nada que me faz duvidar
A simples felicidade parece ser motivo de descrença

Em cada beijo sinto me invadir o mar...
Meu corpo anseia por sua alma encontrar...
Os anseios se curam através de sua própria "doença".

Vi muito mais dentro de seus olhos quando os vi pela primeira vez
E quando o mundo percebeu, imediatamente, inteiro se refez.
Te perdi um pouco, mas por lhe apoiar te ganhei em dobro.

Ás vezes me enclausuro em períodos de total insensatez
Fico só, sofrendo inverdades e defasatez
Ouço tua voz a me conduzir de volta: ama-me, amo-te, e de nada mais sofro!

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