quinta-feira, 19 de julho de 2018

Ah, esse abraço!


... e viajar no som da sua voz, das suas palavras
 Desenhando os cursos e rumos que a vida há de tomar
Sem me importar com os suspiros que me rouba
Com tanto que eu não pare de sonhar

És esta a brisa que quero sempre respirar
Que me integra, me completa e me venera
Que pressente minhas mais obscuras intenções
Me adivinha e não degenera

Enquanto ouço as batidas do seu coração
Minha mente se acalma, minha alma se eleva
E já não estamos mais neste plano
Não há mais sol ou treva.

És neste êxtase que desejo me abandonar
Que me provoca, me desloca e me renova
Que entende tudo o que preciso
Mesmo em minha estranheza nunca me desaprova

Aqui, palavras já não são mais necessárias
A respiração, a temperatura do corpo, os olhares ocasionais
Transpiram o que precisa ser dito, sentido
Em frequências excepcionais

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