sexta-feira, 23 de abril de 2010

Enquanto tento te dizer adeus


A chuva lava o que venho tentando encobrir
Cada gota transparece facilmente o que tanto quis omitir.
Estou tão cansada de pedir
Já disse tantas vezes vá se quiser ir.

Posso não conseguir esquecer,
Porém não será por isso que irei morrer
Há coisas mais importantes pra se fazer
Do que passar a vida tentando te entender.

Nem mesmo você acredita nos seus motivos
São tão inacreditavelmente vagos quanto ridículos
Aprenda a controlar seus próprios estímulos
De forma que não atinjam os meus instintos.

Faça isso, volte covardemente para o que conhece
Finja que pesar algum permanece
Vou acreditar se atuar como se eu não te quissesse
Não é sempre assim que faz quando quer abster-se?

Relaxa, a culpa não é sua se ainda te amo
Se interpretei como destino o que era engano
Se minha fé tornou-se tão grande a ponto de ser insano
Eu é que peço-lhe desculpas se parece que reclamo.

Mas hoje a chuva nos deixou nus
Vê-se claramente a confiança que pus
Na mesma medida que me exigiu e não fez jus,
Ficou aí sem fazer chus nem bus.

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