Toda manhã quando acordo não acredito no sol que brilha pra mim
Aspiro avidamente o ar do quarto, os lençóis, a fronha de cetim
Demoro a levantar sentindo sua luz lentamente aquecer a minha pele
Decido por fim render-me vigorosa ao calor que me compele
E a luz adentra não só o leito, o aposento, mas a minha alma por completo
Se apossa de mim, se apodera, me toma sem preocupar-se em ser discreto
Admiro-me com tudo isso, porém não me surpreende em nada
Vem pra mim o que sempre me pertenceu e jamais me foi tirada
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