terça-feira, 14 de junho de 2016
Versos da noite
Preciso dormir, mas as palavras me pegaram
Não param de sair, não esperam se auto declaram
Assim que se pronunciam ganham ritmo,
Não podendo deixar de serem proferidas
E as que falam de nós são minhas preferidas.
A hora já vai tarde e continuo a compor
Me perdendo nas rimas, sentindo seu sabor
Como se não houvesse amanhã
Assim como se fosse extinguir-se do dia pra noite
Dou-lhe asas, estendo-a nas linhas, faço-lhe a corte.
As palavras me fazendo companhia na sua ausência
Todas compreendem minha crise de abstinência
Assim sobrevivo sua falta
Te esperando em cada verso, nos desenhando em cada pedra
Vês quanto de nós em minha alma se encerra?
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