quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Aquilo que escrevo: das partes ao complexo.


O que escrevo são apenas fragmentos do que penso, do que vejo, do que sinto.

Se juntar tudo numa espécie de livro, certamente parecerá muito confuso, pois ora são composições alegres, ora carregam uma tristeza amarga e infindável. Noutras são tantos sentimentos que mau se pode saber do que se trata, se indignação ou arrependimento. Muitas vezes chegam cheias de certeza colocando um ponto em cada final de frase. Não são raras as vezes em que os desejos lascivos, ingênuos, contidos, infantis, simples e complexos deitam-se sobre essas linhas. As exclamações tomam conta das verdades recém-assumidas, que só então eu venho conhecer. Sabia que elas existiam, mas ainda não as conhecia, pois conhecer é se aprofundar. As questões universais fundamentais de qualquer cérebro humano, bem como as incertezas mais íntimas e individuais do cotiadiano se expressam facilmente pelas palavras redijo e com uma rapidez incalculável, que as mãos mau conseguem acompanhar o ritmo que emana da minha mente e do meu espiríto (talvez a mente seja o próprio espírito que ao traduzir para este mundo as coisas mais simples acaba por tornar tudo complexo).

São apenas fragmentos, pois a verdade inteira é composta por tantos fatos que se contradizem que seria hipócrita da minha parte achar que a verdade absoluta pode ser explicitada de uma vez só, em apenas um único discurso. As partes formam o todo complexo, que sou! (E talvez, quem sabe, sejamos todos nós.)

Um comentário:

  1. O negócio é ficar com os fragmentos, afinal a vida é assim ... e as contradições fazem parte do todo ...

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