Sinto seu corpo pressionar as minhas costas à parede fria
Suas mãos procurando, sôfregas, meus seios sob minha blusa
Sinto seu desejo em sua respiração ofegante e a pele arrepia
Seus beijos me queimam, me devoram e desorientam
Sinto cada nota de sedução que seu corpo nu imprime no meu
Seus olhos me veneram, me intimidam e me aliciam
Sinto ondas lúbricas de calor sublime fazer as roupas caírem
Sua lascívia fugaz e meticulosamente me tomando pra si
Sinto os impulsos dominados, porém prontos para saírem
Seus atrevimentos ritmam a cadência de meus movimentos
Sinto um turbilhão de sensações rasgando meu ventre
Seus ímpetos, sua calma temperam o prazer passos lentos
Sinto meu ser fora do mundo e o mundo dentro de mim
Sua face extasiada contempla a violência de meus espasmos
Sinto o corpo lânguido, trêmulo desmaiar nos seus braços