quinta-feira, 29 de abril de 2010

O amor é...


Meu bem, meu mal
Meu pecado, minha moral!
Doença que me devasta.
Cura que me abrasa.

Tudo o que não tenho
Por medo me abstenho!
Cada dormência reanimou
Está em tudo o que eu sou!

Fica tendo que ir.
Vai sem levar o elixir.
Racionaliza o que tem
Se ilude pelo que não contem.

Chora se triste ou feliz!
Ri até quando nada se diz.
O que é o Amor?
A contradição entre alívio e dor!

sábado, 24 de abril de 2010

A princesa e o plebeu


E daí que você não veste as minhas roupas
Nem mesmo eu sei pra quê tanta etiqueta boba.
Estou aqui na sua casa com você
Vestindo suas roupas e a vida que eu quero viver.

Não decida por mim o que é melhor
O que vou deixar já sei de cor
Não vale nenhum décimo do que parece
Quero o imprevisível desse amor que me enlouquece.

Sem o que tenho ainda sou eu
Pelo que és que desejo sejas meu.
Se não podemos sair, ficamos em casa
Ou vamos a pé fazendo caminhada.

Não sou princesa que anda em carro de abóbora
Não espero por fada madrinha te quero agora
Do jeito que der, como puder
Me ame como quiser.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Enquanto tento te dizer adeus


A chuva lava o que venho tentando encobrir
Cada gota transparece facilmente o que tanto quis omitir.
Estou tão cansada de pedir
Já disse tantas vezes vá se quiser ir.

Posso não conseguir esquecer,
Porém não será por isso que irei morrer
Há coisas mais importantes pra se fazer
Do que passar a vida tentando te entender.

Nem mesmo você acredita nos seus motivos
São tão inacreditavelmente vagos quanto ridículos
Aprenda a controlar seus próprios estímulos
De forma que não atinjam os meus instintos.

Faça isso, volte covardemente para o que conhece
Finja que pesar algum permanece
Vou acreditar se atuar como se eu não te quissesse
Não é sempre assim que faz quando quer abster-se?

Relaxa, a culpa não é sua se ainda te amo
Se interpretei como destino o que era engano
Se minha fé tornou-se tão grande a ponto de ser insano
Eu é que peço-lhe desculpas se parece que reclamo.

Mas hoje a chuva nos deixou nus
Vê-se claramente a confiança que pus
Na mesma medida que me exigiu e não fez jus,
Ficou aí sem fazer chus nem bus.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Xeque-mate


Olha bem pra mim e diz do que sinto falta?
De nada, porque o que eu quero nunca tive.
O que sinto é vontade e não falta
Não posso resistir ao que não tive.

Porque você foi a minha única referência
Não significa que tenha que cumprir uma sentença.
Já não é mais meu problema
O enredo desse esquema.

Não sou mais a doce e inocente menina
Curve-se rei diante da Rainha.
Pode até tentar se proteger ou me ferir
Contudo será inútil me atingir.

Vá e não olhe pra trás para me ver chorar
Porque nem uma lágrima sequer vou derramar.
Eu sei, não vou mais te ver
Mas quem perdeu foi você.

Olha bem pra mim e diz do que sinto falta?
De nada, porque o que eu quero nunca tive.
O que sinto é vontade e não falta
Mereço ter a felicidade que nunca tive.

Devaneios de saudade


Hoje, neste feriado,
Meu coração ficou bastante apertado.
Sentia que precisava de mim
Ou ao menos desejava que fosse assim.

Talvez nesse caso você pudesse voltar
E fazer valer minha insistência em esperar
Pelas realizações de meus sonhos e nossas promessas
Seria, enfim ações no lugar de conversas!

Tento acreditar que a cada dia te esqueço mais
Na verdade as lembranças não ficam para trás
Se escondem em tudo que faço, vejo e sinto
Não quero mais te aceitar, por isso minto.

Mas sei que quando fecho os olhos posso te sentir
E é praticamente como se estivesse aqui
Finalmente obedecendo nossas vontades
Vivendo seus próprios desejos com liberdade.

1... 2... 3 O sonho acaba assim que desperto
Me dou conta de que você não está nada perto.
Que provavelmente já me esqueceu
E que o ímpossível se trata de você e eu.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Lembranças (apagando...)


O céu azul me mostrou um rosto conhecido
Alguém... não sei quem... devo ter esquecido.
O meu coração bate tão bem,
Mas se não está aqui não deve ser ninguém.
Ainda assim não explica o que estou sentindo.

Lembranças sem fatos
Sentimentos não revelados
Não lembro se aconteceu
Ou se eu apenas sonhei.

Há uma certeza incerta
Pelo que agora me deperta
Que o amor é um estado
Sem tempo futuro nem passado.

Em mim desde sempre esteve gravado
Seu nome, seu jeito, sua vida, seu retrato.
Não sei se você já veio, não sei onde está
Muito menos se vai voltar.
Porque não sei quem é você.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Corro, pois...


Eu corro pra não te ver passar.
Corro porque me ajuda a não pensar.
Rápido, pulando e sem respirar
Nenhuma ilusão vai me enganar
Porque não há nenhuma.

Não me sobra ar suficiente,
Todo ele é consumido fisicamente.
Sua imagem se projeta a minha frente
Corro ainda mais rápido, imediatamente.
E não há miragem nenhuma.

O corpo não resiste muito tempo,
Diminuo o ritmo por um momento.
Logo sinto que passou por mim como o vento
Sem evidências visuais apenas por intento
De deixar meu coração no silêncio.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Contestação


Calmaria e traquilidade reinam em meu ser
O que me torna hostil por se tratar de te querer
Não pense que é simplemente um desejo infundado,
Mas certeza absoluta de que és abençoado.

Como os raios do sol seu olhar me agracia
Enchendo de dádivas minha vida vazia.
Nesses dias em que "eu te amo" é incontestável
Meu peito clama pelo real inimaginável.

Donde surge minha ira devastadora
Que persegue este amor, esta paixão abrasadora
Provocante, irresistível e ilusória
Entre os sorrisos mais desespero do que glória.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Recaída


Ontem tive uma recaída,
A pior e a mais longa.
Ouvi "Venha querida!"
Fui sem prestar contas.

Deleitei-me umas três vezes
Duas uma após a outra
A terceira quase valeu por meses,
Mal conseguia fechar a boca.

Saciada e com raiva de mim
Por não ter resistido
E ter logo dito sim
Como um animal apenas por instinto

Chorei sem derramar lágrima.
Me esbofeteei sem ter culpa
Da minha fraqueza e da minha lástima
De não saber tomar uma atitude adulta.

O momento foi mágico
Simplesmente espetacular
O que me corrói é o fim trágico
Por nunca ter te visto ficar.

Ainda não sou eu


Vivo uma vida que não é minha,
Não é a sua e nem de outra pessoa.
É a vida de alguém que não existe ainda.

Faço coisas que não reconheço
Eu vi, eu estava lá, eu fiz
Não, eu não esqueço.

Lutei a favor do meu querer.
Da conversa à histeria
Desesperadamente tentanto convencer

Essa força estranha
Que habilmente me doma
Com seus planos e artimanhas.

Me rendo, mas não sou eu
Obedeço porque me sinto sua
Mas na verdade você é que é meu.

domingo, 11 de abril de 2010

Eu aceito, aceite!


Olhando o passado
Não dá pra aceitar
Minhas ilusões vêm
Não consigo me controlar
Acreditar que foi tudo em vão
É impossível pro meu coração.

Gostaria de poder te abraçar
Tocar os seus labios e te beijar.
É uma pena que eu não possa,
Mas nos teus braços eu queria estar.

Eu quero ter você aqui
Quase posso te sentir.
É uma pena que eu não possa,
Mas ao teu lado eu queria estar.

Quando você passa por mim
E simplesmente me ignora
Nem imagina o quanto dói
Não encontrar o teu olhar.

Não brinque assim, assim
com meus sentimentos.
Se me quer,
Não, não, não perca tempo,
Palavras não bastam
È preciso agir,
Caso contrário só irá me ferir.

*Composição: July com a minha singela participação

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Uma última palavra


Não jogue as fotos da sua felicidade na minha cara.
Convença a si mesmo de que não precisa mudar nada.
De que está melhor sem minhas loucuras
E que não sente falta alguma das agulhas.

Conto de fadas dura até a realidade bater na bunda.
Não demora muito, após the end você afunda.
De maneira nenhuma usarei mentiras pra te confundir
Amo na verdade pra que seja possível construir.

Admira minha coragem, minha sinceridade
Porque não a vive tornando-a tua verdade?
Me ferir com suas poses te faz acreditar mais?
Expô-las ou Guardá-las pra mim tanto faz!

Só prova que não me esqueceu
Que ainda pensa ser meu!

Como você me vê


Você é um dos poucos capaz de me entender
O que não te difere tanto dos outros,
Pois quando me olha só vê o que todos vêem.

As vezes em que me vê
Sem rótulos, sem impor dogmas
Supera os momentos em que só me vê.

Nesta carcaça fria mora alguém sim.
O corpo quente espera você chegar
Pra morar em mim.

Os outros me medem, me encaram
Sem que eu lhes deva nada.
No instante em que eu cheguei seus olhos brilharam!

Sua voz entoa um canto sobre perfeição
que mal posso acreditar.
Seu toque faz com que te aceite meu coração.

Nossas verdades


Ok, havia me esquecido
Não lhe mereço.
Eu havia mentido
Pra mim mesmo sobre quem eu era.

Tentando apagar o que me disse
Antes que me repetisse
Fiz coisas que eu não faria
Esperei pelo que não viria.

Ok, nada seria conveniente
Você procurava outra coisa.
Manteve isso em mente
Resistiu quase sem forças

Ao que eu te pedia
Antes que seu corpo dissesse que queria.
Fez coisas com que sonhou
Prometeu pelo que imaginou

Ok, algo faltou pro grande final
Mas, agora não faz mal.
Verdade impotente
Não dura tempo suficiente.

sábado, 3 de abril de 2010

Amanhã incondicional


Me chama amanhã?
Me ame de manhã.
Sorria pra mim,
Mesmo que eu esteja de mau humor!

Prepare o café da manhã.
E me ame amanhã.
Me admire,
Mesmo se, porventura, eu te decepcionar!

Se despeça com um beijo de manhã.
Repita o mesmo amanhã.
Procure me surpreender,
Mesmo que eu deteste e lhe peça pra nunca fazer supresas!

Quando chegar em casa me cumprimente como de manhã.
Ensaie um romance para que eu pense em você até amanhã.
Siga todos os passos,
mesmo que tenham ficado grandes demais ao longo do dia.

Dança comigo


Não me olha assim vem dançar comigo.
Estenda sua mão que eu já estou indo.
Me leve aonde você quiser.
Me conduza sou sua mulher.

Olhe nos meus olhos e ande.
Siga o ritmo e me ame.
Não será eu ou você
Nos encaixamos em um só querer.

Me joga fora.
Me mande embora agora.
Toca-me e implore pra eu ficar.
Dance a valsa do amor com seu par.

Finja que não vive sem o meu corpo
Faz de conta que só me ter nos braços é pouco.
Peça por meus lábios como se não merecesse.
Comtemple meu rosto como se o enlouquecesse.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Felicidade em liberdade


Finalmente estou como sempre quis
Sorrir não por dever, mas por estar feliz
Lembro do que eu perdi: valioso!
Porém, vi como Deus é maravilhoso!
Força de todo lugar.
Amor sem esperar.

Reconhece o que sou
Me acompanha pra onde vou
Coloca anjos no meu caminho
Assim, nunca me sinto sozinha.

Me corrija se eu estiver errada
Sem Deus não somos nada.
Não vivemos a essência da vida.
Não saudamos a chegada mais do que a partida.
Deus é minha força pra amar,
Apenas pelo prazer de se doar.

Estou mais do que feliz: livre.
Pois, depois da tormenta minh'alma ainda vive.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Liberdade


Sabe que gosto tem a liberdade?
Não é doce, nem amarga.
Tem um quê de felicidade
e gosto de nada, como água.

Não tem rosto, nem corpo.
É com toda certeza luz.
Não é lugar onde se fica,
Mas indicação de que se deve ir.

Antes de mais nada
É sentimento de se descobrir
Quanto ao que tem
E ao que lhe falta.

Nessa etapa é muito fácil respirar.
Aproveite, porque depois da liberdade
Vem o caminho.
E no caminho muitas coisas quererão atê-lo.

Por isso liberdade é tempo de reflexão
Pra que no caminho não seja preso
Por coisas que não precisa e não quer
Se pode evitar, faça o que puder pra não sofrer em vão.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...