terça-feira, 17 de setembro de 2013

Em cárcere


Meu corpo quer correr ao encontro da sua pele, da sua doçura, da sua voz...
Mas minha mente ressente as grades dessa clausura e grita como um animal feroz
Afim de afastar a tristeza, a insegurança e o medo
Pois, meu desejo não sabe se guardar em segredo.

Deslizo-me às revoltas pelos portões desta sela escura e fria!
Contorço-me imaginando, sonhando e delirando com a lascívia profecia:
Seus beijos destrancando meu erotismo...
Sua vontade libertando-me do abismo!

Da pouca luz que adentra este calabouço mantenho a sanidade ainda que a míngua,
Uma chama denominada Amor que compreende e acaricia minha língua.
O espírito sensível a tudo prevê a absolvição.
Seus olhos nos meu sabem que há muito mais que intenção!

Minha espera reside em algo que está fora deste cárcere árido.
Nossas conquistas, nossos sonhos, nossos planos estão apenas pálidos
Visto que, tal qual foi força e fé na qual estão alicerçados que não podem desaparecer.
Meu corpo te chama sem parar, porém minha alma sabe que tudo tem sua razão de ser!

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